sábado, 5 de dezembro de 2009
Atiraram no dramaturgo
Minha última postagem foi roubada do blog do Mário.
Estou comovida e cansada. Uma certa revolta me invade.
Gosto muito dele, apesar de apenas sorrirmos um para o outro. Temos alguns amigos em comum, e me sinto próxima dele por causa disso.
Me sinto próxima dele porque leio seus textos. Leio seu blog todos os dias. Já chorei com suas histórias, já ri com suas histórias, eu adoro as histórias do Mário. E quero continuar lendo tudo o que ele escreve...
Mas o que podemos nós querer dessa vida? É ela que vai, é ela quem nos leva...
Hoje atiraram no dramaturgo, mas ele disse que sempre volta pro bar.
Então volta Mário, tem muita gente aqui te esperando!
terça-feira, 10 de novembro de 2009
do blog do Mário...
roubei do blog do Mário Bortolotto. Adoro os textos dele e hoje tomei a liberdade de roubar esse trecho especialmente emocionante... gosto das coisas que me derrubam, me destróem e me fazem pensar e mudar. É disso que eu gosto.
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
profumo di donna
http://www.youtube.com/watch?v=AhJ8tO8bf3A
Uma cena clássica de Perfume de Mulher, a do tango mesmo...
Nesse filme, a última cena em que ele sente e identifica o perfume de uma mulher e fala : Fleur de Rocaille! Meu namorado da época me deu esse perfume. Romantismos. Detalhes sempre fazem a diferença. É a tal de delicadeza de se importar.
domingo, 11 de outubro de 2009
só se vive uma vez de cada coisa
Ando muito nostálgica... falo do passado e ele me vem com força, com tanta verdade que me arrebenta o peito. Dá vontade de chorar. Mas não choro.
Não gosto disso. Tenho a sensação de uma vida em vão onde só no passado dos outros encontro algo interessante. Sinto falta da adolescente imprudente que era, displicente, que tinha todas as estrelas prá conquistar. Não conquistei nada. E hoje não tenho estrelas. Vivo numa noite de céu preto.
No momento não consigo superar meus próprios limites. Logo eu que era "o bicho"... me desconheço.
No momento estou em reclusão de mim mesma, nem viver nesse corpo vivo mais.
Toque de Midas ao revés. Irritada. Não esqueci de nada. Apenas de mim mesma.
terça-feira, 29 de setembro de 2009
Sentimentos preservados...
Renata eu eu éramos as cantoras. Eu segui, ela foi ser enfermeira e mãe de família. Paulo era o batera. Ninguém oscilava mais nos tempos das músicas que ele. Terminamos brigados com ele jogando na minha cara que se eu tinha amigos era graças a ele...
Henrique tocava contrabaixo e morava em Santana. Todo metódico, sério, creio que seja músico ainda, tocava muito bem.
Otávio era o tecladista e eu morria de paixão por ele. Mas tinha uma namorada mais velha, eu não podia competir, ela fazia sexo com ele e eu mal sabia beijar na boca... depois de uns bons anos nos encontramos, montamos uma banda e tivemos um belo caso de amor. Outra hora escreverei sobre ele, vale a pena...
O Bado, originalmente Fábio. Morava no centro e íamos tomar chopp no Leo, que era na frente do ap dele. Puta amigo, ouvíamos Schoenberg juntos, líamos Hegel e defendíamos o PT. Uma vez fomos prá Águas da Prata juntos, na época podia fumar até dentro do ônibus da viação Cometa... sinto sua falta amigo...
O Nei foi embora pro Japão. Sim, ele tem ascendência japonesa. Nos correspondemos por algum tempo, depois sumimos um da vida do outro. Ele me ensinou a ouvir The Cure e a curtir todos os livros do Herman Hesse, começando pelo Lobo da Estepe. Mostras e shows no Centro Cultural. Muito Arrigo , Vânia e Tetê. Metrô São Joaquim. Algumas brigas mas sempre muita admiração.
Nunca me esqueci e sinto uma tremenda saudade dessa época da minha vida, o mundo era meu e os meus amigos eram os melhores de todos!
Essa semana o Nei me achou no orkut, tá lá no Japão... faz 19 anos. Ele disse q volta um dia.
Na hora que vi seu email, todo meu sentimento de adolescente voltou... intocado.
Nossa, que felicidade senti em perceber que todo aquele amor pelo meu amigo estava ali, intocado, vivo!
O título do email era: É O NEI, LEMBRA DE MIM?
Porra cara! NUNCA TE ESQUECI!!!
domingo, 20 de setembro de 2009
verdades da vida...
terça-feira, 25 de agosto de 2009
Puta que la merda!
quarta-feira, 1 de julho de 2009
Todo amor que houver nessa vida
http://www.youtube.com/watch?v=2GmVajkqLNU
foto tirada por Annie Leibovtz na manhã da morte de John...
Eles estão sentados num banco de praça
ele delicadamente levanta e a espera colocar o casaco sobre o braço
ele desfaz sua trança e solta seus longos cabelos
ela se vira, o olha profundamente e se beijam
Ele aponta para ela
ela ri
Está deitado sobre ela e eles riem juntos...
Estão na praça e dançam
as pessoas olham a cena de amor explícito
Eles se abraçam na praia, correm em direção ao mar
a onda vem e eles fogem
ele escreve na areia: John loves
ela escreve na areia: Yoko loves
a onda apaga
apenas a onda pode apagar
Ele beija seu rosto e parece se despedir
Ela parece que sabe
segunda-feira, 29 de junho de 2009
Sempre quis um amor como o da Yoko
Nunca fui esperta. Mas não sou burra. Tudo bem, sou tão louca quanto qualquer um, até mais que outros, mas bem menos que alguns. Papo doido. Mas é claro... uma pena. Tem gente que tem a mania feia de levar os outros em "banho maria". Todo dia ouço uma história desse tipo: pô, o cara me mandava torpedos, me chamava no msn, falou que eu tava mexendo com a cabeça dele... depois sumiu! As mulheres também fazem isso? Na mesma proporção? Pouco importa, acho eu...
Creio que o grande problema está naquilo que a gente espera, e naquilo que realmente é... mas somos responsáveis por nossas conquistas, por nossas palavras. Não podemos nos esquivar dessa responsabilidade. Se existe uma expectativa, é porque esta foi criada... por quem? e por que?
Será ego? Será insegurança? Será propaganda enganosa? Sim, tem gente que se gaba da própria performance e é uma bosta quando entra no jogo. Chuta e nem bate na trave, mas sai de campo achando que arrasou! E outros que entram, arrasam e abandonam o jogo...
Não é um jogo. São seres humanos, com dores de amores, com sonhos, expectativas. Temos que ter cuidado com o nosso próximo. Não somos brinquedos uns dos outros.
Os hipócritas criticam a própria hipocrisia.
Desculpam-se dizendo não haver má intenção em suas ações. Então era o que? Que merda de intenção era a sua, meu senhor (ra)? Continuem se escondendo atrás de suas máscaras ridículas de gente boa, gente do bem (é assim que se fala, né não?).
A delicadeza da sinceridade. A delicadeza de se importar. Uma simples delicadeza não tira pedaço. Muito pelo contrário. Cria laços, aperta laços.
Importe-se. Tenha cuidado com quem quer que seja.
Isso se chama respeito. Amor... né não?
Fica aqui uma fala de um personagem muito especial que encarnei uma vez, na peça O Arqueiro de Luiz Gustavo Alves. Era a deusa Artemis, disfarçada de camponesa. Ela olhava o homem que a tinha humilhado, mas a quem ela ainda amava, mas queria vingança. Ela lhe oferecia um doce e dizia: Meu Sr... compre o doce hoje e restará o salgado para amanhã. É o pagamento de uma promessa.
Prá bom entendedor, pingo é letra.
domingo, 21 de junho de 2009
o nome do filho que nunca terei
Sempre amei Raul , mas depois da tatoo a convivência tem estado insuportável. Hoje conversei com ele a noite toda, dentro do carro. É, ele me espera no pendrive que tenho no carro. Ele me fez chorar da Vila Clementino até o Campo Belo, depois até a Consolação e depois até a Vila Clementino de novo. Te amo Raul. Essa maçã é sua. E de mais alguém que eu tenho que esquecer.
Você tão calada e eu com medo de falar
Já não sei se é hora de partir ou de chegar
Onde eu passo agora não consigo te encontrar
Ou você já esteve aqui ou nunca vai estar
Tudo já passou, o trem passou, o barco vai
Isso é tão estranho que eu nem sei como explicar
Diga, meu amor, pois eu preciso escolher
Apagar as luzes, ficar perto de você
Ou aproveitar a solidão do amanhecer
Prá ver tudo aquilo que eu tenho que saber
sábado, 20 de junho de 2009
a saudade imensa de um futuro melhor
Sou uma pessoa psicológicamente abalada. É impressionante o medo que me tomou. O medo que tenho das pessoas, do ser humano.
Amo ter a música na minha vida, eu posso cantar, eu sei cantar, aprendi a cantar. Mas nunca aprendi a viver.
Sequelas.
Poupo as minhas crianças, nunca deixo que me vejam triste. Prá eles tudo de bom. Prá eles o melhor de mim, sempre. Nem que tenha que tirar a última gota. Os meus meninos não serão como eu, graças a Deus.
A coisa é tão louca que esses dias fui convidada prá cantar numa banda. De nome. Fui. Ontem eles me disseram que estão muito felizes comigo. Até chorei. Por ser aceita, por gostarem de mim.
Sequelas.
Não acredito no amor das pessoas por mim. Desconfio. Se por acaso você achar uma autoestima perdida por aí, recolha. Deve ser a minha. Que perdi. Faz tempo...
terça-feira, 16 de junho de 2009
Wood & Stock
eu preciso encontrar um lugar legal prá se dançar
se descabelar
tem que ter um som legal
tem que ter gente legal e ter cerveja barata
Um lugar onde as pessoas sejam mesmo a fuder
um lugar onde as pessoas sejam louca
e super chapadas
um lugar do caralho!
Sozinho pelas ruas de SP eu quero achar alguém prá mim
alguém tipo assim:
que goste de beber e falar, LSD queira tomar e curta Sid Barret e os Beatles
Um lugar e um alguém quer tornarão-me mais feliz
Um lugar onde as pessoas sejam loucas
e super chapadas
um lugar do caralho!
quinta-feira, 4 de junho de 2009
vai crescer... vai!
sexta-feira, 22 de maio de 2009
a primeira canção da estrada
terça-feira, 12 de maio de 2009
Prisão das ruas
música do IRA! - bem a calhar...
domingo, 10 de maio de 2009
Importâncias
É muito duro dedicar o melhor de vc a alguém e ser traído. Eu não sabia que era tão ruim.
Perdoei tantas coisas na minha vida, só não consigo perdoar a mentira. Não tenho compaixão dos mentirosos.
Tudo bem, o mundo tem suas tentações e eu mesma não cheguei ao Nirvana nesse sentido. Não julgo. Só a mentira me incomoda.
Porque a mentira é uma indelicadeza.
Sejamos honestos. Vamos assumir as nossas tristezas, alegrias, nossos amores frustrados, nossos sonhos destruídos. É só enfrentando que se vence o medo. Ou não. Mas comigo funciona.
Li hoje sobre a delicadeza de se importar. E tudo fez sentido.
Meu querido Felipe Guerra, grande ator ao qual tenho a alegria de contracenar, teve essa delicadeza comigo. Me olhou na aula de dança, me observou... depois me abraçou e disse: tá tudo bem mesmo?
respondi: tô de pé...
Aí num certo momento da aula ele olha prá mim e canta um trecho de uma música do Toquinho e poesia do Vinícius: DEPOIS PERDEU A ESPERANÇA PQ O PERDÃO TBÉM CANSA... e me deixou completar a frase: DE PERDOAR...
Obrigada Fê, pela delicadeza de se importar.
domingo, 3 de maio de 2009
Você é tão legal!!!!
Cantar na Virada Cultural já seria legal por si só. Mas cantar no palco "Toca Raul" seria mais legal ainda... Ser backing do Edy Star? Não poderia ser possível, não comigo. Mas assim foi.
Edy Star é o último Kavernista. Sim. Os outros eram Raul, Sérgio Sampaio e Míriam Batucada. Olha que honra absurda, o que mais eu posso querer?
Ouvi o cd o mes inteiro, teríamos ensaio logo que o Edy chegasse ao Brasil. E ele chegou direto da Espanha, onde mora e trabalha. Sim, aqui nesse país alguns grandes talentos não são reconhecidos nunca. Uma pena que nosso povo seja privado de um talento como o do Edy Star, demos ele de presente para os espanhóis, veja só.
Mas ele chegou e lá fomos ao ensaio. Ali já percebi que o palco ia ficar pequeno. Quem subisse ao palco depois dele ia suar a camisa. Ele é da arte e eu estava lá para me embriagar daquela fonte. Não consegui tirar os olhos dele por um minuto. Todos os seus movimentos, a sua regência, a sua força estavam sendo registrados pelos meus olhos e minha mente. E muito mais pelos meus sentimentos.
Chegou o dia de ver o último kavernista vivo cantar o que gravou em 1971. E agora é ele quem tem 71 anos. Estávamos preocupados com a carga emocional sobre ele, mas ele tava lá, preparadíssimo e muito emocionado, se maquiando e enchendo balões de ar que não foram lançados ao público como ele queria que fosse.
Subimos ao palco e o que vi foi o show mais bonito da minha vida.
Ele cantava, trocava de roupa a cada música, se comunicava com o público e era único. Sua dança, seu jeito de sorrir, de olhar, tava tudo certo. Até suas broncas. Nossa, como ele xinga!
- Agora não caralho! Puta que o pariu, porrrrrraaaa!!!!
O público cantava tudo. O público o recebeu e o respeitou como o grande artista que é. Então o fato de não tê-lo aqui não é o público.
Foi o melhor show do palco do Raul. Os kavernistas devem ter assistido, de onde estiverem. Acho até que eles estavam ali, cantando e dançando com o Edy, afinal esse homem levanta morto, não duvide!
Não sei se agradeço a Deus, ao Raul, a Ivani, ao Kaverna....... não sei.
Só sei que dessas surpresas é que se faz a vida. Dessa adrenalina, desse profissionalismo.
Edy não sabe do seu tamanho pq ele pensa que é como a gente comum. Assim é como ele gostaria que fosse. E isso o torna muito mais apaixonante e maravilhoso.
Obrigada Edy Star, do fundo da minha alma, do meu coração.
Não sei se Todo mundo tá feliz aqui na terra. Mas eu tô.
quinta-feira, 23 de abril de 2009
minha metralhadora cheia de mágoas
domingo, 12 de abril de 2009
sabedoria
sexta-feira, 10 de abril de 2009
reféns da autopiedade
Eu tenho os meus, você tem os seus, nós temos os nossos.
Mas o que não aguento é a pessoa q mesmo não falando te passa essa coisa do "olha como eu tô fudido, coitado de mim..."
Tudo vira uma grande desculpa: "olha, pisei na bola com você pq sou um fudido, tem pena de mim..."
Sou uma pessoa sensível demais aos problemas alheios. Me comovo. Muito.
quarta-feira, 18 de março de 2009
Bendita velhice
terça-feira, 17 de março de 2009
quarta-feira, 4 de março de 2009
Pinócchio
segunda-feira, 2 de março de 2009
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009
perigo de gol
quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009
minha irmã é minha truta
terça-feira, 17 de fevereiro de 2009
a arte de ser pequeno
domingo, 15 de fevereiro de 2009
a minha Tatá
As vezes entra no meu quarto e fala: Tatá, você me dá banho? - como não?
Tatá, eu quero macarrão com salsicha... - sim senhor...
Quando leva uma bronca dos pais ou do irmão mais velho, vem correndo, lágrimas escorrendo, reclamando em palavras indecifráveis e pedindo colo. Posso?
Morre de ciúmes de quem quer que se aproxime de mim. Hoje mesmo falei prá ele: Enrique, ninguém vai tirar a Tatá de você! - ele me abraçou apertado e disse: A minha Tatá...
O mais velho tem 6 anos e é mais na dele. De vez em quando dorme na minha cama e assistimos alguns canais de desenhos. Com ele aprendi a admirar alguns canais infantis e gostar de Pocoyo. Hoje o Pocoyo é para bebês, ele não quer mais saber... mas eu assisto e ele acha graça de mim.
Esses dias tava indo pra casa do André e ele me disse:
quando você volta?
daqui a 2 dias, Dudu... - respondi.
ah Tatá... eu quero que você fique aqui! Vamos comprar uma casa bem grande e você mora também! Faz assim, fala pro André que ele pode dormir aqui, você não precisa ir prá lá!
Ao mesmo tempo que acho graça, isso me aperta o coração.
Brinco com minha irmã dizendo que o amor de tios e sobrinhos é mais sincero, porque temos obrigação de gostar dos pais, mas dos tios... ela fica puta da vida.
Tenho desses meninos mais do que mereço, e advirto: um enfarte na minha idade pode ser fatal.
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009
olhos de ver
Feio prá caramba.
Meio barrigudinho, meio magrelo, uns ossos salientes e uma pele enrugada. No rosto e no corpo.
O nariz é grande e ele é muito branco. As vezes sua muito, fica molhado de suor, diria até que é um tanto nojento. Cabelo? Tem e não tem, sei lá, acho que tem um pouco. Bem pouco.
Ele não malha, não vai na academia, na verdade nem sabe por onde começar.
Ele prefere ler um livro.
Prefere oferecer uma música, um poema...
Prefere entender bem o corpo de uma mulher.
Ele é gordo, obeso. Cabeludo. Um corte estranho de cabelo. Uns cachinhos...
Mal cabe na cadeira. Desajeitado...
Ele ama do jeito que vem.
Eu amo do jeito que é. Porque um homem não precisa ser o contrário disso.
sábado, 7 de fevereiro de 2009
Benjamin
quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009
corrosão
terça-feira, 3 de fevereiro de 2009
o labirinto da Tata
Que filme lindo.
Adoro a língua que me é tão familiar. Os atores totalmente entregues aquelas cenas fortes, a maquiagem, o Fauno, as fadas (eu acredito, paciência...) e a garota. A ditadura de Franco. O Coronel. A mãe. Os rebeldes. O médico e a empregada. O irmão. A princesa e o rei. O sapo e as baratas. A criatura que comia criancinhas. A faca, a chave, o sangue. Sangue prá todo lado.
A morte e o sonho.
Terminado o filme me deitei e com a cabeça no travesseiro chorei prá caramba.
Chorei mesmo. Com gosto.
domingo, 1 de fevereiro de 2009
sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
Valentina
terça-feira, 27 de janeiro de 2009
mágoa
sábado, 24 de janeiro de 2009
teatro
Os Martinelli foram atores mambembes nos anos 30. Dizem que meu tio-avô, Romualdo Martinelli (tio Varanda) fazia teatro de marionetes quando criança e cobrava um palito de fósforo a entrada. Toda a "paga" ia prá ajudar minha bisnona na casa. Fósforo era um negócio caro e meu bisnono já tinha ido dessa prá melhor (tuberculose), portanto todos os filhos tinham que ajudar nas despesas da casa.
Meu nono era o mais velho e não pode dar vazão ao seu lado artístico. De qualquer forma teve um cassino e contratava artístas, entre eles o Cauby, prá fazer shows...
Já a tia Yole foi expulsa da igreja (era o que eles chamavam de "filha de José") pq o padre foi assistir a uma das peças onde ela interpretava uma mulher liberada, que chegava de Paris, usava calças compridas e fumava... ela tentou se explicar pro padre, disse que era apenas a personagem, mas não teve jeito. Ela ficou com o teatro, graças a Deus. Foi uma atriz que apareceu por acaso. A protagonista estava doente e a peça tinha que estrear, meu tio Varanda não teve dúvidas: Iole, você vai atuar... - Mas eu nunca pisei num palco!!! - sempre tem uma primeira vez...
E que atriz! Em comédia não tinha prá ninguém...
Tio Américo, tio Alcides, tio Fernando, tia Flora... todos atores. E cantavam bem prá caramba! A família vivia cantando... diziam que era só quebrar um copo e os Martinelli já achavam que era o tom da próxima música..
Eu era criança e lembro de tudo. Eles já estavam velhos, mas a alma da arte estava intocada. Não seguiram... fizeram outra coisa da vida... mas alí no fundo de suas almas a arte gritava com toda força.
Tio Varanda morreu alcoolatra. Ele não conseguiu se conformar com outra vida que não fosse a da arte. Não teve força prá lutar contra os padrões da época e começou a beber. Por causa da frustração.
Herdei todos os seus livros de teatro. Eles estão desmanchando, as capas amareladas, mas não me desfaço de nenhum deles.
Vou continuar esse assunto nessa semana.
Esse ano volto a fazer teatro. Preciso de vc, tio.
sexta-feira, 23 de janeiro de 2009
apelando prá Leminski
quarta-feira, 21 de janeiro de 2009
quebrando a cara
Elas vivem sentadinhas na janela do meu quarto, olhando pro movimento da quadra, as crianças, os carros.
Ontem tava ventando e fechei a janela. A Batgirl veio com tudo, pulou e enfiou a cara no vidro... -poxa! - eu disse - larga de ser burra!
Burra sou eu que sabe onde estão todos os vidros da minha vida, sempre nos mesmos lugares, e faço o mesmo que ela. Quebro a cara.
Jean Paul me dando uma força...
valeu Sartre... ainda acho que o amor é foda...
terça-feira, 20 de janeiro de 2009
o amor é foda!
Dependiam da poção mágica que o druida Panoramix (figura igual ao Mago Branco do Sr. dos Anéis) preparava para dar-lhes uma força descomunal... só Obelix não tomava. Tinha caído dentro do caldeirão quando criança, o que fazia com que os efeitos da poção fossem permanentes.
Esses dias tive que enfrentar esse medo. Logo eu que não tinha medo de nada...
Sem poção mágica, sem druida, vi o céu despencar sobre a minha cabeça...
Creio que a poção mágica deva ser o perdão e eu não caí nesse caldeirão!
Ah... quanta coisa a se aprender ainda...
O amor é foda!
segunda-feira, 19 de janeiro de 2009
Janis!!!!
light my fire????
foi não! está sendo e pelo jeito vai longe!
Fico pensando na Maysa... sempre amei Maysa, tenho o primeiro disco, ela de cabelo curtinho e aqueles olhos de gato...
Tenho outro, um show no Canecão onde ela canta "Light my fire" do Doors... comento isso com amigos músicos e todos ficam espantados: MAYSA CANTANDO LIGHT MY FIRE????
respondo: a melhor de todas as versões...
Fizeram dela uma alcoolatra de olhar "pidão"... odiei o seriado... seu olhar era duro, penetrava e gelava a gente por dentro. Gosto de mulheres assim. Mas os homens não... se é que os homens gostam de algum tipo de mulher...
Meus grandes amigos pertencem ao sexo masculino. Machos e gays. Todos.
Tenho algumas amigas, poucas... talvez pq eu seja uma Maysa (digo, na essência).
Eu também odeio a morte e seu mortiço. Eu também amo tudo aquilo que é vida.