quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Estou morta

Meu coração não tem mais cura.
Dolorido, machucado, faltando tantos pedaços que dele mesmo, não sobrou quase nada.
E esse quase nada está recolhido, minguado, sem esperança.
Achei que fosse a minha vez. Estava tão equivocada... como sempre.
Tudo sem brilho, céu nublado, água turva, palco apagado.
Estou morta.

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Meu amigo secreto

Pessoas como eu não tiveram amores; tiveram ficha criminal.
Dedo podre, se achar mais fácil de entender.
Sou incapaz de me apaixonar por alguém que seja legal - não... meu lance é gente que não tem nada a ver comigo, que não valem uma pipoca ou que sejam chatas. Prá caramba.
Deve ser um dom, uma atração especial por aquilo que vai me fazer mal, que vai me arrasar e fazer da minha alto estima um rio de lama.
Não deixo de acreditar no amor, mas creio que não é prá mim, De uns tempos prá cá tenho sentido medo, sentimento antes nem mencionado por mim. Mas hoje tenho tanto medo que me falta o ar.
Meu ex marido, André, foi a pessoa mais mentirosa que conheci. Mentia, inventava, um verdadeiro mestre na arte de iludir uma otária como eu. Devo ter sido a parte mais divertida da vida dele. Hoje se diverte fazendo sexo com gente de quinta categoria. Está feliz pois está entre os seus. Me passou uma doença venérea que demorou para sarar, pegou da atual namorada, com quem me traía. Adora ser passivo, mas negava até a morte. Comi muito.
O Luiz me culpa o tempo todo por não ter sido o escolhido. Pelo menos aí fui esperta: ele era ciumento e chato. Tinha seus motivos, muito sérios por sinal, mas mesmo não sendo, a culpa era minha. É até hoje. Nunca está sem namoradas, pois é muito bonito e tem boa lábia. Volúvel. Só me quis pq eu não o quis. O sonho dele é me dar um pé na bunda. Não vai ser dessa vez.
O último me deixou esperando sentada pelas lindas palavras que me disse, e se foram com a chuva.
Tô fudida.

terça-feira, 21 de abril de 2015

Agora

Prá quem pensa que eu não me importo. Prá vc, meu bem...
https://www.youtube.com/watch?v=XZA4J5jmEos

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Será que ele é?

Era uma vez um cara metido a machão. Fazia parte desses clubes que não permitem mulheres, a não ser que seja prá exibir qual a mais vagaba.
Ela foi até lá apesar de não curtir o ambiente, não tinha nada prá fazer e acabou conhecendo o cara. E saíram, se apaixonaram e depois casaram. O sexo era bom, ele macho alpha total. Até o dia que ela deu uma bela linguada nele... foi uma descoberta, um prazer louco. Mas ele queria mais. E o macho alpha passou a ser ela.
Um dia, de brincadeira, ele disse que se ela contasse prá alguém que ele gostava mesmo era de dois dedos bem colocados em seu anus e massageando sua próstata, ele desmentiria até a morte. E olha que até de 4 ele ficava.
Dos dedos ele resolveu experimentar um consolo com KY Warming. Sentou até o fim, coisa que ela nunca fizera! Gozou como nunca sob o olhar observador e perplexo daquela mulher... Naquele momento ele se questionou: será que sou gay?
Ela respondia toda vez: Vc tem vontade de beijar homem na boca? Dormir de conchinha? Então não...
Mas no fundo ela também estava intrigada. Achava que aquilo era uma bichona.
Se separaram e ele começou a sair com uma prostituta que tinha cara de travesti, dessas que também não se assumem, fingem que são santas mas sambam no cano.
E naquele instante ela teve certeza que a moça não era puta e que ele não era gay.

PARA QUEM LER: Essa é uma história real que nada tem contra prostitutas e gays, mas sim contra quem MENTE, FINGE E NÃO SE ASSUME.

quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

O Arrependimento

Uma vez ela ouviu uma entrevista aonde perguntavam prá Bibi Ferreira, o porquê dela ter desistido do amor, e a resposta foi: A gente não desiste do amor... é o amor que desiste da gente.
Essa frase nunca a abandonou.
Ela pensava: o amor desistiu de mim. Mas mesmo com isso na cabeça, a vida seguia feliz.
A saudade de um grande amor sempre batia a porta, mas ela não chorava por essas coisas, apenas pensava que não era prá ser, acreditava que nada poderia ser diferente do que era e que quando uma coisa acaba, ela acaba.
A crença de que o amor havia desistido dela a fez não querer mais ninguém. Seu desejo e interesse por outras pessoas, cessara. Não tinha desejo, nada. Mas a vida seguia feliz, e ela se realizava em outras coisas que creiam, a faziam cada dia mais forte.
Mas um dia ela se lembrou de uma decisão que havia tomado faz 10 anos. Uma decisão de amor.
Ela se apaixonara por um cara mais novo. Ele era louco por ela. Ela arrumou um namorado mais velho e desistiu do Luís.
Da boca prá fora, pq nunca deixou de pensar nele. Mas ele tocou a vida e anos depois ela se separou e pensou que poderia reencontrá-lo. Poderia se ele não tivesse ido morar na Austrália.
Ela ofereceu uma música prá ele levar na bagagem, essa do coração.
Ela acha que ele não gosta mais dela. Ela acha que nunca mais vão se ver, ela acha que ele vai conhecer uma loira linda por lá, afinal ele merece tudo de bom, foi a melhor pessoa que ela conheceu na vida.
Ela que sempre acreditou que nada poderia ser diferente do que é, se questionou e se arrependeu da escolha de 10 anos atrás. Ela queria que ele não fosse morar fora, ou que a levasse, ou que falasse que também gostava dela, ou ou ou...
De todas as certezas, a mais dura era saber que o tempo não voltaria. Ela não poderia mudar aquela decisão e as coisas já não eram mais as mesmas.
O amor desistiu de mim.

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Abraço

A distimia é como uma sucuri que te abraça, quebra e engole. Aos poucos.
Digere cara pedaço do seu corpo com seu ácido corrosivo, dolorido.
Depois cospe os ossos.

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

BR3

A gente morre na BR3.
A gente morre qdo não tem mais paixão.
A gente morre na decepção.
A gente morre na esperança.
A gente morre qdo não há mais esperança.
Estou verdadeiramente vivendo a morte.
Enterrando e enterrada.
Nunca estive tão cansada.