quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Abraço

A distimia é como uma sucuri que te abraça, quebra e engole. Aos poucos.
Digere cara pedaço do seu corpo com seu ácido corrosivo, dolorido.
Depois cospe os ossos.

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

BR3

A gente morre na BR3.
A gente morre qdo não tem mais paixão.
A gente morre na decepção.
A gente morre na esperança.
A gente morre qdo não há mais esperança.
Estou verdadeiramente vivendo a morte.
Enterrando e enterrada.
Nunca estive tão cansada.

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

não quero mais

Nunca soube o que era guardar um segredo antes. Sim, não existem segredos absolutos, sempre alguém sabe de alguma coisa... mas nesse caso, não.
Não sabia que dava vontade de gritar, de contar pro mundo o meu segredo.
O responsável pelo meu ser cheio e repleto, explodindo no desejo de rir e chorar - e do meu vazio pleno. Uma chuva necessária que afoga a planta antes seca e quase morta.
Estou só em meu desespero, esse que antecede as datas de final de ano.
Faz 2 anos.
Nunca fui tão forte. E não quero mais ser.

domingo, 21 de abril de 2013

Cigarro

São 6hs da manhã e voltei prá casa sem cigarro.
Não, eu não fumo. Mas quando estou na merda o cigarro me faz falta.
Fazia 6 anos que não fumava. Bom sinal.
Pensar nisso até me dá uma certa esperança, a de que não vou precisar do cigarro novamente.
Não gosto do cheiro e nem do gosto.
Gosto da apatia que sua química me provoca.
Uma pessoa intensa como eu, necessita de uma certa dose de apatia para poder dormir.
Estou morrendo de medo.

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Dia seguinte não existe

Esse texto é do meu amigo Pierre Massato, que invejosamente gostaria de ter sido a autora:

algo se perdeu nessas estradas percorridas, aquele arrepio ao vislumbrar a aurora, depois o sol derramando seu majestoso amarelo sobre a cidade. nada desse lado do hemisfério remete aquela vida de outrora, nem grandes histórias do velho país, nem épicos relacionados a amores impossiveis. naquele compendio deixado pelos velhos sábios, nada foi dito sobre o dia em que a esperança seria banida dessas terras. agora cavalgar por essas plagas se tornou inútil. não existe nada pior que um cavaleiro sem uma causa

sábado, 23 de março de 2013

A mais pura verdade

Fazia tempo que a dor lancinante não chegava ao meu peito. Mas eis que ela volta. Dói tanto que nem sei mais o que é dor e o que sou eu.
A dor se enlaça, te amordaça, te ama desesperadamente. A entrega é absoluta.
Tudo em meu corpo sente o desespero de uma dor extasiada.
É a despedida de um futuro nunca vivido. É o reencontro de um passado que nunca te larga.
É a mais pura verdade.