quinta-feira, 4 de junho de 2009

vai crescer... vai!


Monstros S/A... Assisti várias vezes esse filme, por causa dos meus sobrinhos, claro... por causa deles minha vida é outra faz quase 7 anos. Comecei a assistir desenhos até decorá-los (praticamente). Foi assim com Procurando Nemo, Toy Story 1 e 2, Nem que a vaca tussa (Fernanda Montenegro que dubla!), ah... tantos e tantos...

Mas Monstros S/A sempre foi meu preferido, primeiro pela trilha sonora, depois pela doçura da história, a forma engraçada como o bicho papão é retratado. Eles malham, se cuidam, se preparam prá assustar as crianças a noite, pq é do grito delas que a energia elétrica da cidade é gerada. E prá isso eles fazem até curso.

De repente o monstrão mais poderoso de todos se afeiçoa a menininha que ele assusta. E ela a ele. Daí vem todo o desenrolar da história. Uma hora ela tem que ir embora, não pode mais ficar presa a cidade dos monstros e ele sabe disso. E sofre pq ela vai ter que ir embora. Sofre pq ela vai crescer e não lembrar mais dele. Mas ele tem que cumprir o inevitável. Fazer o que dever ser feito.

Então ele abre a porta do ármario por onde ele entra no quarto dela, e vai devolvê-la ao seu mundo. Abaixa e diz: Vai Boo... vai crescer. Vai...

Ela olha meio que sem entender e vai. Ele fecha a porta e sofre. A porta por onde ele entrava no quartinho dela, é destruída. Sobra uma lasquinha de madeira e ele guarda.

Chorei silenciosamente ao lembrar dessa cena hoje.

Quantas vezes somos os monstros... temos que ser né? E quantas vezes os nossos monstros nos mandaram crescer?

Crianças de todas as idades, monstros de todas as categorias... guardemos nossas lasquinhas de madeira prá não nos esquecermos das crianças que fomos e que somos, e dos monstros que somos e seremos, com o coração na mão, mas na certeza de que aquilo realmente tinha (ou tem) que ser feito.

2 comentários:

Sabrina Martinelli Anéas disse...

Pois é,
o mais interessante nessa história é que a criança olha para o monstro e não o vê, ela vê o "gatinho". Talvez esse seja o grande lance: crescer conservando o olhar da criança, assim esses monstrões que nos assombram se tornam inofensivos e adoráveis bichinhos.

Anônimo disse...

como era bom aquele tempo em que nossa preocupação maior era quando chegava o quarto bimestre, as reuniões de pais e mestres...
hoje, o que sobrou daquela pureza?