domingo, 31 de janeiro de 2010

heavy metal e casamento...


Não é novidade meu amor pelo rock´n roll, e tenho ido em todos os shows em que posso, principalmente pq meus ídolos ainda são os mesmos e estão ficando velhinhos...
Enfim, Kiss, Heaven and Hell com meu amado e idolatrado Dio, Iron Maiden e tantos outros shows inesquecíveis, repletos de roqueiros e metaleiros entorpecidos pelo som, pelo alcool e também por outros fatores, pq não? A maconha é uma velha companheira dessa tribo e faz tempo. Na hora que o som bate a clareira abre e um sai chutando o outro, pulando, dando cabeçadas, voltam pro refrão, se abraçam e saem todos cantamos juntos a uma só voz...
Ontem foi o dia do Metallica. Puta show, carisma, etcs e tals, tirando meu leve platonismo pelo James Hetfield, tava tudo bom. Cabeçada, clareiras, doidera, bebedeira, e quando acabou todos saímos conversando sobre o show, naquele passo básico de pinguins, dando risada, pedindo para não encocharem, gargalhadas... ah, que dia legal! Deu aquela fominha, fomos até o Habib´s que apesar de não ser a melhor opção, é 24hs.
Estava esperando meu pedido quando vi uma moça de branco pulando faceira do lado de fora! Ainda comentei: não é uma noiva?
E era... a noiva e toda a trupe vinda da festa. Talvez a comida não estivesse lá essas coisas, talvez o buffet tinha hora para fechar, talvez, talvez, talvez... todos arrumados, os homens de meio fraque, as mulheres de longos brilhantes, cabelos presos, todos atravessando a rua quando de repente vem 1 gordinho gritando um monte do outro lado da rua. Não estava vestido prá festa, portanto não era convidado. Ou era e não foi. Enfim, veio falando um monte, um dos caras de fraque já foi respondendo, e um sem muita paciência veio numa voadora e o pau comeu. Se não fosse a polícia jogar um sprayzinho, a coisa tinha ficado pequena pro gordinho.
Isso não foi o pior. O casório vinha cheio de crianças. Dos 3 aos 8 anos vendo aquela cena, alguns meio chorosos, outros assustados... e todo mundo tossindo com aquele sprayzinho que salvou o gorditcho...
Conclusão: Pais, tios, avós e responsáveis, pensem muito antes de levar seus filhos a um casamento. É perigoso. Exercitem o bom senso e escolham o que é melhor para suas crianças. Melhor, deixem que elas decidam com vcs! Com certeza escolherão um pacífico e amável show de rock e metal....

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

cara de cu


é isso mesmo, cara de cu. Adoro palavrões...
Mas a história é a seguinte: fui ao banco, (coisa rara na minha vida de cantora botequeira que recebe sempre em dinheiro), para pagar uma taxa do Poupatempo, coisa de Rg novo, o meu era de 83, tinha que renovar e tals e lá fui eu deixar minha bolsa e celular dentro de um armarinho, prá que a porta giratória não me obrigasse a tirar a roupa prá provar que não uso armas de fogo, estiletes, metralhadoras giratórias ou granadas de mão... adentrei serenamente o recinto bancário e me dirigi ao caixa.
O filho da puta nem olhava na minha cara. Meio sem graça me dirigi a outro caixa e perguntei: por favor, é aqui que pago a taxa do RG? - ele respondeu: já pegou senha?
respondi: tem que pegar senha?
ele: é claro que tem. Não vê que tem pessoas na frente?
respondi: não estou acostumada com bancos. Onde pego a senha?
Ele apontou com a testa prá perto da porta do banco, onde o segurança já poderia ter me poupado desse mico... enfim, foda-se, fui lá e peguei a senha.
Detalhe: as PESSOAS que estavam na minha frente eram só um senhor.
Peguei o papelzinho e me sentei na última cadeira, bem lá no fundo.................................. aí o infeliz acionou o painel com o meu número. Levantei-me lentamente e fui andando como se estivesse em Paris. Devagar, observei as cadeiras, o chão, a iluminação, o quepe do guarda, a bunda da moça do café... enquanto isso o caixa em questão não tirava o dedo da campainha, impaciente com meu andar borboletal.
Encostei no balcão, olhei para ele e disse: CHEGUEI!
Dei o cartão para que ele debitasse a grana. O infeliz perguntou: é prá debitar desse cartão? Minha vontade era responder: claro que não! é um presente prá vc! quer a minha senha também? Assim pode se apoderar dos meus milhões e viajar por São Caetano do Sul!
Mas não. Respondi que sim, era um cartão de débito...
Feita a transação, ele me deu um papel. Perguntei: é só isso?
E mais uma vez ele em sua educação de estrebaria me disse: claro que não, ainda vai sair o comprovante.
Fiquei olhando prá ele. Nossa, ele tinha cara de cu. Todos lá tinham cara de cu.
Passou um filminho na minha cabeça: não tenho nada nessa vida, décimo-terceiro, férias, cesta básica, nada... mas também não tenho cara de cu!
Peguei meu comprovante alegremente, agradeci pela gentileza do cara de cu e saí de lá com a sensação de quem tem lindos dentes prá sorrir!