segunda-feira, 29 de junho de 2009

Sempre quis um amor como o da Yoko


Nunca fui esperta. Mas não sou burra. Tudo bem, sou tão louca quanto qualquer um, até mais que outros, mas bem menos que alguns. Papo doido. Mas é claro... uma pena. Tem gente que tem a mania feia de levar os outros em "banho maria". Todo dia ouço uma história desse tipo: pô, o cara me mandava torpedos, me chamava no msn, falou que eu tava mexendo com a cabeça dele... depois sumiu! As mulheres também fazem isso? Na mesma proporção? Pouco importa, acho eu...
Creio que o grande problema está naquilo que a gente espera, e naquilo que realmente é... mas somos responsáveis por nossas conquistas, por nossas palavras. Não podemos nos esquivar dessa responsabilidade. Se existe uma expectativa, é porque esta foi criada... por quem? e por que?
Será ego? Será insegurança? Será propaganda enganosa? Sim, tem gente que se gaba da própria performance e é uma bosta quando entra no jogo. Chuta e nem bate na trave, mas sai de campo achando que arrasou! E outros que entram, arrasam e abandonam o jogo...
Não é um jogo. São seres humanos, com dores de amores, com sonhos, expectativas. Temos que ter cuidado com o nosso próximo. Não somos brinquedos uns dos outros.
Os hipócritas criticam a própria hipocrisia.
Desculpam-se dizendo não haver má intenção em suas ações. Então era o que? Que merda de intenção era a sua, meu senhor (ra)? Continuem se escondendo atrás de suas máscaras ridículas de gente boa, gente do bem (é assim que se fala, né não?).
A delicadeza da sinceridade. A delicadeza de se importar. Uma simples delicadeza não tira pedaço. Muito pelo contrário. Cria laços, aperta laços.
Importe-se. Tenha cuidado com quem quer que seja.
Isso se chama respeito. Amor... né não?
Fica aqui uma fala de um personagem muito especial que encarnei uma vez, na peça O Arqueiro de Luiz Gustavo Alves. Era a deusa Artemis, disfarçada de camponesa. Ela olhava o homem que a tinha humilhado, mas a quem ela ainda amava, mas queria vingança. Ela lhe oferecia um doce e dizia: Meu Sr... compre o doce hoje e restará o salgado para amanhã. É o pagamento de uma promessa.
Prá bom entendedor, pingo é letra.

domingo, 21 de junho de 2009

o nome do filho que nunca terei


Sempre amei Raul , mas depois da tatoo a convivência tem estado insuportável. Hoje conversei com ele a noite toda, dentro do carro. É, ele me espera no pendrive que tenho no carro. Ele me fez chorar da Vila Clementino até o Campo Belo, depois até a Consolação e depois até a Vila Clementino de novo. Te amo Raul. Essa maçã é sua. E de mais alguém que eu tenho que esquecer.

Você tão calada e eu com medo de falar
Já não sei se é hora de partir ou de chegar
Onde eu passo agora não consigo te encontrar
Ou você já esteve aqui ou nunca vai estar

Tudo já passou, o trem passou, o barco vai
Isso é tão estranho que eu nem sei como explicar

Diga, meu amor, pois eu preciso escolher
Apagar as luzes, ficar perto de você
Ou aproveitar a solidão do amanhecer
Prá ver tudo aquilo que eu tenho que saber

sábado, 20 de junho de 2009

a saudade imensa de um futuro melhor



Sou uma pessoa psicológicamente abalada. É impressionante o medo que me tomou. O medo que tenho das pessoas, do ser humano.
Amo ter a música na minha vida, eu posso cantar, eu sei cantar, aprendi a cantar. Mas nunca aprendi a viver.
Sequelas.
Poupo as minhas crianças, nunca deixo que me vejam triste. Prá eles tudo de bom. Prá eles o melhor de mim, sempre. Nem que tenha que tirar a última gota. Os meus meninos não serão como eu, graças a Deus.
A coisa é tão louca que esses dias fui convidada prá cantar numa banda. De nome. Fui. Ontem eles me disseram que estão muito felizes comigo. Até chorei. Por ser aceita, por gostarem de mim.
Sequelas.
Não acredito no amor das pessoas por mim. Desconfio. Se por acaso você achar uma autoestima perdida por aí, recolha. Deve ser a minha. Que perdi. Faz tempo...

terça-feira, 16 de junho de 2009

Wood & Stock


eu preciso encontrar um lugar legal prá se dançar
se descabelar
tem que ter um som legal
tem que ter gente legal e ter cerveja barata
Um lugar onde as pessoas sejam mesmo a fuder
um lugar onde as pessoas sejam louca
e super chapadas
um lugar do caralho!

Sozinho pelas ruas de SP eu quero achar alguém prá mim
alguém tipo assim:
que goste de beber e falar, LSD queira tomar e curta Sid Barret e os Beatles
Um lugar e um alguém quer tornarão-me mais feliz
Um lugar onde as pessoas sejam loucas
e super chapadas
um lugar do caralho!

quinta-feira, 4 de junho de 2009

vai crescer... vai!


Monstros S/A... Assisti várias vezes esse filme, por causa dos meus sobrinhos, claro... por causa deles minha vida é outra faz quase 7 anos. Comecei a assistir desenhos até decorá-los (praticamente). Foi assim com Procurando Nemo, Toy Story 1 e 2, Nem que a vaca tussa (Fernanda Montenegro que dubla!), ah... tantos e tantos...

Mas Monstros S/A sempre foi meu preferido, primeiro pela trilha sonora, depois pela doçura da história, a forma engraçada como o bicho papão é retratado. Eles malham, se cuidam, se preparam prá assustar as crianças a noite, pq é do grito delas que a energia elétrica da cidade é gerada. E prá isso eles fazem até curso.

De repente o monstrão mais poderoso de todos se afeiçoa a menininha que ele assusta. E ela a ele. Daí vem todo o desenrolar da história. Uma hora ela tem que ir embora, não pode mais ficar presa a cidade dos monstros e ele sabe disso. E sofre pq ela vai ter que ir embora. Sofre pq ela vai crescer e não lembrar mais dele. Mas ele tem que cumprir o inevitável. Fazer o que dever ser feito.

Então ele abre a porta do ármario por onde ele entra no quarto dela, e vai devolvê-la ao seu mundo. Abaixa e diz: Vai Boo... vai crescer. Vai...

Ela olha meio que sem entender e vai. Ele fecha a porta e sofre. A porta por onde ele entrava no quartinho dela, é destruída. Sobra uma lasquinha de madeira e ele guarda.

Chorei silenciosamente ao lembrar dessa cena hoje.

Quantas vezes somos os monstros... temos que ser né? E quantas vezes os nossos monstros nos mandaram crescer?

Crianças de todas as idades, monstros de todas as categorias... guardemos nossas lasquinhas de madeira prá não nos esquecermos das crianças que fomos e que somos, e dos monstros que somos e seremos, com o coração na mão, mas na certeza de que aquilo realmente tinha (ou tem) que ser feito.