sexta-feira, 22 de maio de 2009

a primeira canção da estrada


poxa, eu adorava o Zé. Ele fez uma música com o Sá e Guarabira chamada A Primeira canção da estrada... lembro quando ouvi na casa do Miguel, um disco de vinil. O Miguel era meu namoradinho quando tínhamos 18 anos e ele cantava muito bem. Canta até hoje. Enfim, ouvi a canção e disse prá ele: Essa é a música da minha vida!

E realmente, dos meus 18 anos prá cá, tomei a música do Zé como história da minha vida. E hoje a moçada sentiu falta dele em algum lugar e levou ele embora. Prá fazer um som em outro lugar.

Obrigada Zé

terça-feira, 12 de maio de 2009

Prisão das ruas

Momentos silenciosos, foram aquelesEm que eu e você, ficamos nos olhando, a sósMomentos mágicos, onde eu esqueciaDa realidade da minha vida, do meu dia-a-diaA paz do meu espírito, em doses homeopáticasPodia ser mais, mas eu sei que é só issoEu insistoEu confesso...eu não presto, mas existemMomentos silenciosos, foram aquelesEm que eu e você, ficamos nos amando, a sósSeu rosto, seu sorrisoSua pele, sua musicalidade me acalmavam (doce ópio)Na fila dos bancosNo trânsito confusoOuvindo o rádio em qualquer estaçãoPreparado para a prisão, das ruasPrisão das ruas (é isso aí) ...

música do IRA! - bem a calhar...

domingo, 10 de maio de 2009

Importâncias


Como eu imaginava, o teatro tem salvado a minha vida. A dança tbém, pelo menos momentâneamente...
É muito duro dedicar o melhor de vc a alguém e ser traído. Eu não sabia que era tão ruim.
Perdoei tantas coisas na minha vida, só não consigo perdoar a mentira. Não tenho compaixão dos mentirosos.
Tudo bem, o mundo tem suas tentações e eu mesma não cheguei ao Nirvana nesse sentido. Não julgo. Só a mentira me incomoda.
Porque a mentira é uma indelicadeza.
Sejamos honestos. Vamos assumir as nossas tristezas, alegrias, nossos amores frustrados, nossos sonhos destruídos. É só enfrentando que se vence o medo. Ou não. Mas comigo funciona.
Li hoje sobre a delicadeza de se importar. E tudo fez sentido.
Meu querido Felipe Guerra, grande ator ao qual tenho a alegria de contracenar, teve essa delicadeza comigo. Me olhou na aula de dança, me observou... depois me abraçou e disse: tá tudo bem mesmo?
respondi: tô de pé...
Aí num certo momento da aula ele olha prá mim e canta um trecho de uma música do Toquinho e poesia do Vinícius: DEPOIS PERDEU A ESPERANÇA PQ O PERDÃO TBÉM CANSA... e me deixou completar a frase: DE PERDOAR...
Obrigada Fê, pela delicadeza de se importar.

domingo, 3 de maio de 2009

Você é tão legal!!!!


depois de dias tristes veio uma coisa tão boa, tão boa, que até fico puta por ter ficado triste por uns dias... desses presentes da vida, que a gente não sabe nem pq ganhou.
Cantar na Virada Cultural já seria legal por si só. Mas cantar no palco "Toca Raul" seria mais legal ainda... Ser backing do Edy Star? Não poderia ser possível, não comigo. Mas assim foi.
Edy Star é o último Kavernista. Sim. Os outros eram Raul, Sérgio Sampaio e Míriam Batucada. Olha que honra absurda, o que mais eu posso querer?
Ouvi o cd o mes inteiro, teríamos ensaio logo que o Edy chegasse ao Brasil. E ele chegou direto da Espanha, onde mora e trabalha. Sim, aqui nesse país alguns grandes talentos não são reconhecidos nunca. Uma pena que nosso povo seja privado de um talento como o do Edy Star, demos ele de presente para os espanhóis, veja só.
Mas ele chegou e lá fomos ao ensaio. Ali já percebi que o palco ia ficar pequeno. Quem subisse ao palco depois dele ia suar a camisa. Ele é da arte e eu estava lá para me embriagar daquela fonte. Não consegui tirar os olhos dele por um minuto. Todos os seus movimentos, a sua regência, a sua força estavam sendo registrados pelos meus olhos e minha mente. E muito mais pelos meus sentimentos.
Chegou o dia de ver o último kavernista vivo cantar o que gravou em 1971. E agora é ele quem tem 71 anos. Estávamos preocupados com a carga emocional sobre ele, mas ele tava lá, preparadíssimo e muito emocionado, se maquiando e enchendo balões de ar que não foram lançados ao público como ele queria que fosse.
Subimos ao palco e o que vi foi o show mais bonito da minha vida.
Ele cantava, trocava de roupa a cada música, se comunicava com o público e era único. Sua dança, seu jeito de sorrir, de olhar, tava tudo certo. Até suas broncas. Nossa, como ele xinga!
- Agora não caralho! Puta que o pariu, porrrrrraaaa!!!!
O público cantava tudo. O público o recebeu e o respeitou como o grande artista que é. Então o fato de não tê-lo aqui não é o público.
Foi o melhor show do palco do Raul. Os kavernistas devem ter assistido, de onde estiverem. Acho até que eles estavam ali, cantando e dançando com o Edy, afinal esse homem levanta morto, não duvide!
Não sei se agradeço a Deus, ao Raul, a Ivani, ao Kaverna....... não sei.
Só sei que dessas surpresas é que se faz a vida. Dessa adrenalina, desse profissionalismo.
Edy não sabe do seu tamanho pq ele pensa que é como a gente comum. Assim é como ele gostaria que fosse. E isso o torna muito mais apaixonante e maravilhoso.
Obrigada Edy Star, do fundo da minha alma, do meu coração.
Não sei se Todo mundo tá feliz aqui na terra. Mas eu tô.